Como determinar a viabilidade econômica de um empreendimento?

dois homens em uma reunião

Determinar a viabilidade econômica de um negócio não é uma tarefa muito simples, pois demanda a análise de vários fatores de ordem financeira e de um mapeamento preciso dos riscos do projeto. No entanto, também é uma parte indispensável para a melhor condução de qualquer projeto e para aumentar suas chances de sucesso.

Com isso, os gestores e as demais partes interessadas podem tomar decisões corretas, que não comprometam o escopo desejado pelos clientes atuais e potenciais. Quanto mais preparação houver, mais fácil é gerar resultados consistentes para o seu empreendimento.

Neste post, explicamos melhor o conceito de viabilidade econômica e sua importância para a construção civil. Além disso, listamos algumas dicas para que você não falhe nesse momento. Quer saber mais sobre o assunto? Acompanhe!

O que é a viabilidade econômica de um projeto?

A viabilidade econômica de uma obra é um estudo global sobre as condições internas e externas que permitem a finalização do projeto com lucro. Assim, é uma ferramenta essencial para que os executivos e diretores de uma construtora decidam se vale realmente a pena iniciar o empreendimento naquele momento.

Isso acontece porque os riscos financeiros podem acabar gerando um grande prejuízo ao negócio, além do potencial comprometimento da imagem da marca.

Nesse tipo de análise, são considerados pontos como os listados a seguir.

Cenário macroeconômico

O gestor deve avaliar as perspectivas de crescimento regional, as tendências inflacionárias, a taxa de juros, entre outros critérios.

Condições financeiras do seu negócio

É preciso saber se há dinheiro em caixa suficiente para cobrir todas as demandas do projeto ou se há possibilidade de financiamentos e empréstimos.

Demanda do mercado

Em alguns casos, a baixa procura por empreendimentos no mercado impede a imposição de preços lucrativos, e seu negócio vai operar sem nenhum ganho de receita ou com prejuízo.

Capacidade de atração de investidores

Uma obra precisa de aporte constante de capital. Nesse sentido, é importante contar com investidores para injetar recursos quando preciso, assim como dividir os riscos.

Com todos os dados de viabilidade econômica, iniciar um empreendimento não se torna uma aventura, mas uma decisão estratégica dentro dos objetivos comerciais do seu negócio.

Qual é a importância de analisar a viabilidade de um projeto?

Um dos problemas mais frequentes que levam ao insucesso de empresas na construção civil é o mau planejamento financeiro de um projeto. Elas não dimensionam bem os custos, contam com uma demanda inexistente, estabelecem preços fora do equilíbrio de mercado etc.

Com isso, muitas obras são deixadas incompletas, tanto que, em praticamente todas as cidades, as pessoas podem observar edifícios inacabados e abandonados. A análise da viabilidade financeira tem como objetivo eliminar justamente esse problema.

Quais são os 5 erros comuns no estudo de viabilidade econômica?

Mesmo para gestores experientes, é comum que alguns erros passem despercebidos. Confira alguns dos principais a seguir, aos quais você deve se atentar.

1. Não considerar o tempo de investimento

Antes de começar a fazer qualquer conta ou estimativa, estabeleça qual é o prazo que o seu projeto precisa para começar a girar sozinho. Isso pode variar desde alguns poucos meses até anos.

Nesse tempo, você precisa aplicar bem seus recursos e manter as atividades caminhando corretamente. Isso implica em mais custos, espera pelo seu lucro e, é claro, a expectativa de um retorno financeiro maior.

2. Focar no produto/projeto errado

Como já mencionamos, a ideia de fazer um estudo de viabilidade econômica é justamente entender quais empreendimentos têm potencial de sucesso.

Algumas pessoas insistem em projetos que não apresentam boas estatísticas a seu favor. Naturalmente, esse é um erro bem grave, e mesmo que o projeto tenha algum retorno positivo, há boas chances de que esse sucesso não seja duradouro. Se você pretende optar por um produto que não tem um bom aval do mercado, faça isso ciente do risco.

3. Persistir em um caminho que não gera bons resultados

Mesmo com a melhor análise possível, pode ser que o resultado prático alcançado não seja aquele que você esperava. Isso significa que houve algum problema na sua avaliação inicial ou que ocorreu alguma mudança no cenário do mercado que o tornou menos viável no momento atual.

Independentemente do caso, é necessário mudar sua perspectiva em relação ao assunto. Persistir em algo que não gera bons resultados é o caminho mais rápido para perder o seu investimento.

4. Não fazer um planejamento correto

Se você não colocar dinheiro suficiente em um projeto, suas chances de sucesso serão baixas. Se colocar dinheiro demais e ele não vingar, você terá que lidar com um prejuízo grande. Há ainda a possibilidade do projeto atingir os objetivos traçados e, mesmo assim, gerar uma margem de lucro pequena.

Realizar um planejamento realista e correto é muito importante, especialmente para investidores que têm poucos recursos disponíveis e precisam otimizar a própria rentabilidade.

5. Insistir até falir

Existem algumas pessoas que são persistentes e conseguem extrair o melhor de uma situação ruim, mas há uma diferença bem grande entre dar o seu melhor e insistir em um negócio que não tem futuro. Se você não souber como identificar essa diferença, ao menos tome como base a prática de não permanecer em um investimento até decretar falência.

Como garantir a viabilidade econômica de um empreendimento?

Mesmo que um projeto passe pelos testes e pelas análises de viabilidade, ele ainda precisa ser bem elaborado e planejado para garantir que o resultado obtido é o desejado. Quanto mais preparo você tiver, melhores serão suas chances.

Veja a seguir algumas atitudes que você pode tomar para aumentar a viabilidade de um negócio.

Definição de metas e objetivos orçamentários

As metas são todas as vantagens que você deseja alcançar com aquele projeto, ou seja, é o que ele vai agregar ao seu negócio quando for concluído. Essa questão vai muito além dos lucros: trata-se de avaliar a posição do novo empreendimento no planejamento estratégico do seu negócio.

É preciso entender questões como:

  • a lucratividade esperada;
  • os custos desejados;
  • o benefício da nova obra para a imagem da sua empresa;
  • como ela vai melhorar sua posição no mercado.

Esses pontos guiam as metas para garantir o sucesso do empreendimento, afinal, o gestor deve trabalhar com um tripé para garantir a viabilidade: um bom orçamento inicial, um fluxo de caixa adequado e o alcance de um preço perto do equilíbrio da oferta e da demanda.

Projeção de receitas, custos e despesas

Apesar de trabalharmos com muitos números e cálculos, a gestão de uma obra não é uma ciência exata. Há vários fatores que influenciam as receitas e as despesas, como um surto inflacionário, que pode aumentar significativamente o custo do projeto, gerando várias alterações no orçamento inicial.

O papel do gestor é fazer boas projeções. Assim, ele deve analisar vários fatores atuais que geram riscos para a obra. Depois disso, é preciso projetar uma série de cenários e estimar a probabilidade de cada um deles ocorrer. Isso é essencial para elaborar planos de contingência e evitar que o orçamento extrapole o seu escopo inicial.

Estimativa dos gastos imprevistos

Certamente, alguns dos riscos elencados no planejamento inicial vão realmente ocorrer. Logo, seu orçamento precisa conter uma estimativa de quanto dinheiro deve ser reservado para esses gastos inesperados. Com isso, evita-se que haja interrupções na obra em função do redirecionamento de recursos para resolver uma contingência.

Esse é um ponto muito importante para os investidores de um projeto. Quando eles percebem que há uma gestão eficiente em um empreendimento, sentem-se seguros para aportar capital.

Cálculo do tempo da obra

Todo o orçamento de uma obra deve ser elaborado em harmonia com o cronograma, afinal, o tempo é um dos principais fatores que influenciam no custo geral do projeto. Cada dia de atraso significa um gasto maior com mão de obra, aluguel de equipamentos, deterioração de materiais, depreciação de máquinas etc.

Além disso, mais tempo de trabalho expõe o negócio a riscos, pois os cenários macro e microeconômicos estão em constante mudança. Assim, prolongar uma obra pode significar o comprometimento da viabilidade financeira de longo prazo.

Como a tecnologia pode melhorar a viabilidade econômica de um negócio?

Primeiramente, a construção civil tem recebido bastantes novidades em relação a materiais, peças e equipamentos. Elas ajudam a reduzir os custos com matéria-prima, otimizam os processos operacionais e aumentam a qualidade do empreendimento. Isso, por si só, já tem auxiliado os engenheiros a fazer projetos mais viáveis, com custo e tempo de obra menores.

Também surgiram várias ferramentas de gestão muito interessantes. Há aplicações e softwares que acompanham automaticamente vários indicadores de performance de uma obra, além de facilitar o gerenciamento do cronograma e do orçamento.

Outras, a partir dos dados sobre as condições iniciais do projeto, são capazes de fazer várias análises de risco que ajudam as partes a tomarem decisões adequadas sobre a exequibilidade de seus planos. Com isso, o gestor pode fazer um monitoramento muito mais preciso e corrigir falhas precocemente, antes que elas comprometam a finalização do projeto.

A determinação da viabilidade econômica de um empreendimento é uma ferramenta imprescindível para os gestores de obras. Ela auxilia os processos de tomada de decisão para que a sua empresa consiga realizar todas as metas e os objetivos traçados no plano de negócios.

Essas dicas são realmente muito úteis para evitar os problemas mais comuns nos canteiros de obras brasileiros. Compartilhe-as nas redes sociais para que outras pessoas tenham acesso a este conteúdo!

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